Parque Ibirapuera
Ibirapuera é uma palavra que tem origem na língua tupi (ypi-ra-ouêra) e significa “pau podre ou árvore apodrecida”.
A região onde hoje está o Parque Ibirapuera era um terreno pantanoso de várzea, parte de uma aldeia indígena na época da colonização.
No século XIX predominavam chácaras e pastagens na área que era alvo de disputas entre Estado, Município e particulares. A partir de , várias leis são criadas para resolver a questão.
Em , a área passou a ser reivindicada pela Câmara Municipal de São Paulo a fim de que a região abrigasse um “campo para o povo”, um lugar destinado ao uso público.
Em , durante o governo do prefeito Washington Luis, o estado transfere para a prefeitura boa parte dos terrenos devolutos ali encontrados.
José Pires do Rio, prefeito da cidade de São Paulo entre e , idealizou a transformação da área em um parque como o Bois de Boulogne em Paris, o Hyde Park em Londres ou o Central Park em Nova Iorque. O obstáculo representado pelo terreno alagadiço frustrou a ideia. Ainda assim, foram iniciados os primeiros estudos para o plantio de espécies vegetais no parque, bem como foram criados alguns caminhos e o lago do Ibirapuera.
Em , Manuel Lopes de Oliveira, mais conhecido como Manequinho Lopes, então diretor da Divisão de Matas, Parques e Jardins de São Paulo, iniciou o plantio de centenas de eucaliptos australianos buscando drenar o solo e eliminar a umidade excessiva do local.
Em , o viveiro municipal da Água Branca é transferido para o Ibirapuera, o que veio garantir à cidade a posse definitiva do terreno. A implantação do viveiro no parque pode ser considerada a primeira grande realização para sua construção.
Em , o Parque Ibirapuera já aparecia na Planta da Cidade de São Paulo elaborado pela 7a Seção da Diretoria de Obras e Viação da Prefeitura Municipal.
No começo de , Manequinho Lopes fica doente e acaba falecendo. Em , o viveiro municipal localizado dentro do Parque Ibirapuera recebe o nome de Viveiro Manequinho Lopes.
Em , o então governador Lucas Nogueira Garcez institui a “Comissão do IV Centenário de São Paulo”, uma comissão mista composta por representantes do Estado, do Município e da iniciativa privada. Presidida por Francisco Matarazzo Sobrinho, também conhecido como Ciccilo Matarazzo, a comissão se encarregou da escolha do local para sediar as comemorações dos 400 anos de São Paulo, bem como da encomenda do projeto e a construção do parque que viria abrigar os festejos. O parque teria projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer e projeto paisagístico do engenheiro agrônomo Otávio Augusto Teixeira Mendes.
No final de , são removidos 186 barracos que abrigavam 204 famílias que moravam numa favela situada entre as ruas Abílio Soares e Manoel da Nóbrega.
Em , Jânio Quadros assume a prefeitura de São Paulo e licitações programadas são suspensas. Era o começo das hostilidades e desavenças entre o prefeito Jânio Quadros e o presidente da Comissão do IV Centenário Ciccilo Matarazzo.
Três anos depois de iniciadas as obras, no aniversário de 400 anos da cidade de São Paulo em , ela não pode contar com a inauguração do Parque, que só ficaria concluído sete meses depois inaugurado em .